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quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

1): Circo da 

Homofobia


Por Marcelo Gerald
Um Grande Circo!
Esta foi a sensação de vários que assistiram a audiência nas redes sociais.
A marca do debate foi a homofobia. Repetiram à exaustão: “que não são contra os homossexuais e sim contra a pratica”. Em seguida afirmavam não serem homofóbicos.
Os “argumentos”, sempre os mesmos, todos rebatidos em vários sites, incluindo este.
Disseram várias vezes que homossexuais se recusam a discutir, mas basta ler o histórico do PLC122 pra constatar que tivemos várias audiências pra discutir o assunto e o texto final da ex Senadora Fátima Cleide foi fruto de muita negociação com ambas as partes.
Tem uma falácia que anda chamando a atenção, a de que a homossexualidade seria uma opção. Esta é a que tem sido mais repetida, aliás, desde que Dilma Rousseff ter dado uma grande gafe ao vetar o kit anti-homofobia. É quero crer que foi uma gafe, mas como ela nunca explicou vai saber.
Mas, e se fosse opção? Isto daria algum mérito aos homofóbicos?
A impressão que tenho quando homofóbicos afirmam que homossexualidade é opção é a de que sentiram atração pelo mesmo sexo em algum momento da vida e lutam contar isto exaustivamente.
Mesmo que homossexualidade fosse uma escolha não daria nenhum direito de discriminar por isto. Religião é uma escolha e a ninguém está permitido discriminar por esta opção.
Ainda hoje li notícia de que pessoas estão sendo recrutadas por evangélicos e ganham em torno de 2.500 reais para espalhar a  homofobia nas redes sociais e matérias de sites. Quem é administrador de sites sabe que muito destes comentários vem de uma mesma pessoa. Isto nunca foi segredo, mas a mídia tradicional parece gostar do volume de acessos que a trollagem atrai. De qualquer maneira, esta denuncia é gravíssima e precisa ser apurada.
Evangélicos fundamentalistas dizem amar o próximo, mas fico em dúvida sobre a veracidade desta afirmação ao ver Malafaia ameaçando o presidente da ABGLT. Dizer que vai “funicar” (sic) e arrebentar Toni Reis e em entrevista ao New York Times, o pastor afirmou que a repórter da revista Época seria uma vagabunda. Que tipo de amor é este?
No meio de tanto ódio fica a reflexão:
Nós amamos os evangélicos, mas somos contrários às suas práticas discriminatórias.
Paulo Paim (PT-RS) disse que pediria a votação do PLC122 para semana que vem. O que duvido que ocorra. Colocar o projeto em votação obrigaria a base aliada a se posicionar. E não parece haver vontade política para isto.
O que assistimos hoje foi um circo de horrores, um grande  teatro, que aos poucos vai desenhando um cenário propício para enterrar qualquer proposta  de criminalização da homofobia.
A presidenta da república nem toca neste assunto. A base aliada coloca a culpa nos evangélicos. Estes trabalham e fazem ativismo à sua forma. E a militância LGBT?
Bom esta anda por aí perdida, não vai à marchas, como o ato dos estudantes da USP, ou a marcha pelo Estado Laico. Mas está nas redes sociais fazendo marcação serrada sobre qualquer um que teça a menor  critica e cobrança ao governo petista. Esta simples nota pode virar na mão deles, tese de conspiração de derrubada de um governo.
O futuro da militância LGBT parece um jogo de cartas marcadas, de um lado gente séria e comprometida e de outro manipuladores acima de qualquer crítica, e são os que têm se destacado.
Se você tiver estômago assista o ” debate” aqui:


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FONTE:

 http://www.plc122.com.br/plc122-audiencia-circo-homofobia/#ixzz1f9ViBvZ8

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